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quinta-feira, janeiro 03, 2008

Feliz 2008...

Confesso que ontem pensei que puderia ser o timing correcto para fazer um encerramento a este espaço... Feliz 2008 e tal e até sempre... fogo que foleirice...

Depois pensei...que os poucos que ainda aqui vêm iam dizer "ah e tal o gajo arranja sempre qq coisa para dizer... tá se é a fazer dificil"...
Na na na na na na meus amigos também não é por ai!! Não escrevo por encomenda e muito menos por "frete"... é melhor deixar assim e não escrever nada, esses poucos vão acabar por se esquecer que este canto existe e prontos ficamos assim...

Contudo, ontem quando ouvia o cd dos "Humanos" bem antes de adormecer - passavam algumas largas horas da meia noite, mas ainda faltava um pedaço para o galo cantar (que mania mais aos pedaços... os iogurtes é q têm pedaços... vicios regionais lol... ganham-se rapidamente garanto-vos)...

...Com isto tudo perdi-me...dahhhh

ok... estavamos no CD dos "Humanos"... quando ela surgiu

Vou
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver

Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar, vou fugir ou repetir

(...)
Afinal para onde vou eu ?
Quero ver o mar, ouvir o seu chamamento, sentir as ondas fazerem-me cócegas nos pés nesse convite irrecusável...

Onde vou?
Quero sentar-me na areia húmida esperar o entardecer e gelar ali olhando um horizonte que nunca sei bem onde acaba, depois perder-me pelos caminhos refrescantes de sonhos ondulados...
Quero sentir a maré subir com o passar do tempo, a àgua a molhar-me os joelhos. Dois sussurros do mar, três gemidos das ondas, quatro cantos ao longe que não consigo decifrar de quem são...
Erguer-me depois e respirar, respirar o sal do mar que me tempera os dias e as horas em volta, ajoelhar-me e limpar a cara com essa àgua bendita que me oferece tanta vida...
Limpar a cara e a alma de sofrimentos antigos, renascer por dentro, restaurar as paredes da minha casa, restruturar o meu coração, limpar a alma e desocupá-la de coisas que já não importam... depois só terei de esperar que alguém a venha encher.


Porque vou?
Vou porque é esta a hora de ir, porque todos temos uma hora...


Voltarei?
Não sei. Ninguém conhece o futuro...mas se voltar prometo-vos que trarei um sorriso no rosto, vida no olhar, cores na face... prometo-vos uma lágrima assim que a minha vista vós alcançar, a primeira de muitas que serão derramadas com felicidade a arder em mim.


Eu vou, mas vocês ficam no meu coração... ficam dentro de mim... vou porque vou viver, porque quero viver, pois espero sempre um amanhã e acredito que será mais um prazer.
Vivam! Sejam Felizes!

sábado, dezembro 01, 2007

Um ano depois...

A vida é feita de ciclos, que começam e terminam. Assim é a vida e tudo o resto.

Hoje não deixa de ser mais um dia estupidamente normal na minha vida (assim espero), contudo fez no passado dia 15 de Novembro um ano que voei para a ilha.

E já passou o quê? Um ano?... O tempo voa

A Madeira é um jardim


Ao longe a Ponta de S. Lourenço



Câmara de Lobos



A estranha manhã de Maio de 2007 – nevoeiro sobre o Funchal

Um ano cheio de histórias (desculpem, mas escrever "estória" só se for ameaçado no cano de uma pistola) e recordações dignas de destaque. Mas este post não pretende descrever essas histórias, porque essas são algo que ficarão para sempre com os que a viveram comigo. E ninguém as viveu mais do que eu…

Em termos profissionais, digamos que parte das ideias que comigo vieram tiveram que ficar na gaveta, pois aprendi que para fazermos a diferença não basta querermos é necessário que exista mais gente a querer. Contudo, contido a gostar de pensar que um dia as coisas serão diferentes, caso contrário já tinha atirado a toalha ao chão (e confesso que isso me passou pela cabeça algumas vezes, não tão poucas quanto vocês possam pensar).

Em termos pessoais confesso que não foi um ano fácil, mas também seria cínico se dissesse que foi um ano mau…

Sonhei.
Desejei.
Ambicionei.
Lutei.
Consegui.
Sorri.
Ganhei.
Amei.
Perdi.
Iludi.
Iludi-me.
Magoei
Sofri.
Chorei.
Cresci.


Fajã dos Padres

Porto da Cruz

Calheta – Prazeres


Algures no coração da Ilha Algures no coração do Atlântico… junto do paraíso

Hoje guardo as lembranças e ficam as saudades… é um ano que se resume numa só frase “a vida continua…e temos de aprender a viver a vida à medida que o tempo passa”...

Todos nós experimentamos num ou outro momento o puxar do tapete da vida.

Esquecemos a arte de nos fazer sorrir e as noites sem estrelas fazem-nos companhia.

Mas a vida continua…
O relógio não nos deixa esquecer que cada segundo, é um segundo que deixa de ser ganho.

E a vida continua…
As lágrimas enchem o vazio de um mundo apenas interior.

A vida continua e continuamente envia sinais que rasgam as avenidas da alma, gritando: “tens autorização para ser feliz”.


A ilha ao entardecer… e cai a noite


Hoje deixo um grande abraço para todos aqueles que continuam a viajar no “comboio” da minha vida, para aqueles que nele entraram e nele prosseguem viagem e também para aqueles que por algum motivo saíram em alguma “paragem”, mas que de uma forma ou de outra foram importantes enquanto estiveram presentes.

Por hoje fico por aqui…

Ao fundo a Baia de Machico e Caniçal

Até sempre...Beijinhos e abraços com amizade H.M.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Um Pássaro sem Asas

Silêncio, quarto vazio e impessoal, luz apagada...
Será que partiste para todo o sempre?
Finalmente a luz tende a aparecer, o medo cresce
Mas toma formas de saudade e desespero.
Nada!
Partiste, sem um adeus, sem um beijo,
sem um abraço nem um sorriso...
Choro um silêncio chamado solidão.
Uma solidão que sinto e que me transforma.
Uma solidão que me corta,
Que fere-me o corpo e alma,
Que enfraquece-me os movimentos, a pele e a mente...
Vivo em esperança!
A esperança que incentiva-me a viver, a respirar, a sentir...
A tentar olhar o novo dia, sem medo nem fracassos
Tentar rever os teus olhos, os teus lábios, os teus abraços
O teu mundo e o teu ser...
Parto!
Desapareço sem avisar-te
Vou viver outra vida,
Noutro sol ou noutro luar...
Ainda vivo no silêncio obscuro
Apenas partido por gritos de dor
Que antes era de prazer em noites fugidias,
Busco a felicidade,
Sem nunca a encontrar mas farto de a procurar.
Morro!
Sem descendentes, antecedentes ou precedentes,
sem amores passados...
Simplesmente jazo na cama fria e desconfortável...
Revejo a minha vida, sem fracassos, sem temores,
Nem pobreza, nem riqueza, com amor sem ardor.
Revejo-te, miro-te como foste há tanto tempo.
Meses de felicidade, minutos de paixão, séculos de solidão,
Presos no tempo mas soltos no pensamento.
Quero-te, tenho-te, esqueço-te,
Talvez por esta ordem, não o sei,
Mas evito este pensamento quando fecho os olhos,
Solto a alma do corpo, sinto o coração parar de bater,
Sinto a respiração prender, como quando te vi,
Sinto a mente afundar, como quando te possuí,
Sinto o corpo gelar, como quando te perdi,
Sinto a esperança perder-se, como quando "morri".

Um Amor morto é como um pássaro sem asas,
Existe mas não pode almejar voar...

sábado, outubro 13, 2007

Cá estou de volta depois de uns dias de ausência... novamente na ilha... novamente cercado de água por todos os lados...

Estou sentado, completamente absorto nos meus pensamentos. O meu olhar desprende-se nesta janela que é o mar.


Hoje está um belo dia, um dia quente de verão, embora estejamos já em pleno Outono. A temperatura está amena, o céu de um azul perfeito, praticamente limpo, com apenas uma nuvem ora aqui ora acolá. Os pássaros cantam uma doce melodia, talvez com a ilusão de que o frio este ano não chega...

Entretanto, uma gaivota, sobrevoa o enquadramento da minha “janela”. E como voa a ave, como o seu voo é magnífico! Como ela brinca com a leve brisa que paira no ar! Como ela desfruta da liberdade que possui, como ela cheira os doces aromas do ar que paira! E meu deus, como ela parece feliz! Cresce dentro de mim uma inveja! Inveja do que a gaivota possui! Ela tem o mundo a seus pés!

De repente sinto uma enorme vontade de partir, sem nenhum rumo, tal e qual como a gaivota. Apetece-me andar ao sabor do vento e quando ele mudar eu mudo o meu rumo também. Apetece-me quebrar o velho ditado, apetece-me ter aquela liberdade sem quaisquer tipos de responsabilidades! Apetece-me seguir ao sabor das marés! Apetece-me viver à minha maneira! Apetece-me, apetece-me...Infelizmente nem todos os apetites podem ser alimentados.

Tenho responsabilidades, objectivos, pessoas que amo [apesar de longe de mim]. Não posso partir e fazer a minha desejada e infinita viagem. Não posso ir à busca de todos os sabores e dissabores que este mundo tem para oferecer! Um mundo tão grande, tão belo, tão magnífico e nunca o poderei conhecer como tanto anseio!

Sei que este desejo é loucura! Sei que não passa de um sonho! E no entanto apetece-me com todas as minhas forças, largar tudo e seguir lado a lado com o vento, com a gaivota! Simplesmente apetece-me!




Adaptação de HM a um excerto de Fernão Capelo Gaivota...

sexta-feira, setembro 28, 2007

Regresso ao Atlântico

Hoje deixo aqui um agradecimento especial a todos os que estiveram comigo nestes últimos dias e que de uma forma ou de outra me fizeram sorrir ou fizeram chorar - porque chorar nem sempre é mau, ajuda muitas vezes a lavar a alma.

Assim, de alma lavada, regresso a uma ilha que já faz parte de mim e, mesmo não sabendo o dia de amanhã - pois ninguém sabe - fará sempre parte da minha vida e das minhas memórias. Como homenagem à ilha fica uma letra de uma canção talvez não muito conhecida de Pedro Abrunhosa, mas a qual eu gosto bastante...



Vista do cabo Girão



Como uma ilha

Tu és todos os livros,
Todos os mares,
Todos os rios,
Todos os lugares.
Todos os dias,
Todo o pensamento,
Todas as horas
O teu corpo no vento.


Tu és todos os sábados,
Todas as manhãs,
Toda a palavra
Ancorada nas mãos.
Tu és todos os lábios,
Todas as certezas,
Todos os beijos
Desejos, princesa.

Como uma ilha,
Sozinha...


Prende-me em ti,
Agarra-me ao chão,
Como barcos em terra
Como fogo na mão,
Como vou esquecer-te,
Como vou eu perder-te,
Se me prendes em ti,
Agarra-me ao chão,
Como barcos em terra,
Como fogo na mão,
Como vou eu lembrar-te
Se a metade que parte
É a metade que tens.

Tu és todas as noites
Em todos os quartos,
Todos os ventos
Em todos os barcos.
Todos os dias
Em toda a cidade,
Ruas que choram
Mulheres de verdade.
Tu és só o começo
De todos os fins,
Por isso eu te peço
Fica perto de mim.
Tu és todos os sons
De todo o silêncio,
Por isso eu te espero
Te quero e te penso.

Como uma ilha,
Sozinha...


Vou novamente para longe de casa, da casa que sempre conheci em busca de um sonho. Um sonho complicado e talvez injusto para quem eu amo e que deixo em Lisboa mas eles sabem que é um "mal" necessário. Porque eu não vou desistir até porque


"A vida não é feita de memórias, mas as memórias fazem parte da nossa vida.."



flor... jardim do Monte


Beijinhos e abraços e até já ;)

segunda-feira, setembro 24, 2007

A Árvore dos Meus Amigos

Existem pessoas na nossa vida que nos deixam felizes pelo simples facto de se terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo.


Aveiro

Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce da raiz é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino apresenta-nos outros amigos, os quais não sabíamos que se iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz... Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então passa a chamar-se de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.


Farol da Barra

Também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto. Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão acaba, o Outono aproxima-se, e perdemos algumas das nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto se cruzavam com o nosso caminho.

O mar - desculpa amiga não resisti

Desejo-te, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade... Hoje e Sempre... simplesmente porque: "Cada pessoa que passa na minha vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de mim. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso".


O verdinho - falta aqui a vermelhinha :P


Texto retirado da net e foto "frescas" tiradas ontem... num dia passado com duas"folhas" lindas da minha árvore. Beijinhos e abraços a todos o que aqui passam e beijinhos grandes e breves para essas duas folhas tão especiais da minha árvore.
Quanto ao meu futuro e depois de acentar algumas ideias, apesar de muitas dúvidas e incertezas que permanecem nesta cabeça (quem as não tem), ele vai prosseguir na ilha muito em breve... porque "Vamos aprendendo a viver a vida à medida que o tempo passa"...